Há milhares de séculos atrás uma magia impossível de ser dominada por um ser humano normal surgira, essa magia deu início ao que chamamos hoje de bruxos - os únicos seres capazes de controlar até um décimo dessa magia -, porém um trio de bruxos com essa capacidade acima do normal conseguiu concentra-la, criando uma esfera luminescente e selando-a ali. Graças a esse infinito poder, o trio autodenominado Devouer se tornou influente com a alta burguesia bruxa, superando a influência máxima de bruxos que mais tarde viriam a formar uma alta cúpula e fundar o Ministério da Magia. O trio se manteve em segredo, aniquilando humanos e bruxos sedentos com o poder que tamanha magia poderia proporcionar, tornando-se assim os guardiões da esfera.

Anos se passaram até que o trio conseguisse criar, com cristais de uma das cavernas de Avalon, uma taça que compactasse tamanha magia emanada da esfera. Seus planos eram de ressuscitar a árvore de Exodus, que causaria o apocalipse no mundo trouxa, fazendo com que todos os humanos fossem sacrificados para a recriação de um novo mundo onde somente a magia reinaria. Entretanto, o bruxo que fora encarregado de guardar a taça sagrada descobriu o plano dos três anciões e roubou a esfera, sacrificando sua vida para transferir sua alma e a magia da para a taça, impedindo assim a ressurreição de Exodus.

A fim de não deixar que mais ninguém soubesse de seus planos, os anciões tomaram a frente e tornaram-se guardiões eternos da taça, porém ela havia sido amaldiçoada, impossibilitando-os de tocá-la, ou morreriam. Depois de vários anos estudando a taça, descobriram juntos que a cada 300 anos num eclipse solar, a taça liberaria um poder imensurável capaz de realizar grandes feitos, ela seria capaz de realizar qualquer desejo.

No primeiro eclipse solar após 300 anos ocorreu algo inimaginável, a taça ganhou vida, passando a escolher sete bruxos dignos de toca-la e que teriam o privilégio de fazer qualquer tipo de pedido, desde a imortalidade até o saber supremo. Os três anciões furiosos permaneceram nas sombras, apenas analisando as ações da taça sem interferir nos resultados e como regra esses sete bruxos lutariam entre si em um torneio, onde apenas um único bruxo seria o contemplado com o privilégio de realizar seu desejo. Tais bruxos teriam a ajuda de entidades do passado já mortas, que realizariam um pedido diante da taça junto a seu mestre. Essas entidades eram chamadas de “servos” e possuiriam os corpos de duas pessoas da confiança de seu mestre, escolhida também pelo cálice, usando-a como casca para seu espírito, que era dividido em dois.

Os servos e seus mestres eram escolhidos pela taça e divididos em sete classes: Ensiferum (O duelista), Noxium (O mercenário), Exulem (O renegado), Palladium (O paladino), Atrox (O impiedoso), Callidium (O gênio) e Naekros (O ritualista). Cada classe possuía uma benção especifica para as pessoas que dela faziam parte, onde além da benção cada mestre recebia um selo em lugares aleatórios do corpo constituído por três marcas de cores distintas, indicando sua classe. Os selos, chamados selos de obediência, serviam para obrigar os servos a ignorar qualquer que fosse sua vontade, sendo completamente dominados por seus espíritos.

Quando finalmente apenas restou um bruxo no torneio, o mestre e seu servo fizeram seus pedidos. O trio Devouer observando tudo criou um “torneio” mundial, sendo o principal auxiliador dos escolhidos, servindo como “juízes”, pois nenhum bruxo que alcançou a vitória sobreviveu para desfrutar dessa.

O torneio criado por Devouer funcionava conforme a taça desejava, apenas um poderia tocar na taça e fazer seu pedido. O jogo servia como uma estratégia de xadrez, onde os servos (peões) desafiavam outros servos, lutando pelos seus mestres, já que nenhum dos mestres era capaz de lutar contra as entidades devido as suas bênçãos e feitiços próprios que apenas estes podiam usar conforme sua classe. E assim iniciou-se o torneio de maior disputa entre bruxos e bruxas de todos os lugares, onde só restava saber quem sairia vencedor.