♥ hand of sorrow

The child without a name grew up to be the hand
To watch you, to shield you or kill on demand
The choice he'd made, he could not comprehend
His blood a grim secret, they had to command

He's torn between his honor and the true love of his life
He prayed for both but was denied

So many dreams were broken and so much was sacrificed
Was it worth the ones we loved and had to leave behind?
So many years have past, who are the noble and the wise?
Will all our sins be justified?

Seus olhos cintilavam admirando seu próprio reflexo na frente do espelho. Cassandra retocava o batom vermelho em seus lábios a cada hora. Deveriam estar sempre impecáveis e brilhantes. Fechando sua pequena bolsinha lotada de papéis e maquiagem a mulher voltou a sua sala, a sala da diretoria. Um sorrisinho correu por seus lábios, seguidos de gritinhos animados e pulinhos onde os saltos de pelo menos dezoito centímetros estalavam no carpete.

Após receber o convite para dirigir o jornal bruxo, a mulher largou tudo o que conhecia no Profeta Diário e se mudou imediatamente para a Bulgária. Talvez seu maior empecilho fosse seu filho, que teimava em não seguir os exemplos da mãe, e por fim, arruinava seus encontros de trabalho. Sua regra principal era: Fale mal dos outros, mas pelo menos fale pelas costas! E a criança que outrora tivera de parir era completamente ao contrário de seu melhor ensinamento, muito sincero, por sinal.  Uma mulher que antes fora considerada uma bastarda por seu jeito arrojado de ser e fora literalmente abandonada por um homem que hoje chama de hipócrita, não saberia que poderia estar assumindo um dos postos mais honrosos em sua carreira. De hoje em diante não sou Cassandra a redatora, sou Cassie, a diretora, a sagaz e voraz, a que consegue as melhores notícias, fontes e informações. Pensou animadamente, seu sorriso presunçoso crescendo cada vez mais diante das novidades que adaptavam-se a sua vida agitada e seu temperamento hiperativo.

Sentando-se lentamente na cadeira atrás de sua escrivaninha em mármore branco feito para mimá-la a nova diretora do Daily Scripttium aguardava sua secretária telefonar, anunciando a grande chegada. Escrevia rapidamente em uma letra caprichada algumas cartas, na verdade, todas iguais, mas com destinatários diferentes. Sua equipe estaria preparada para tudo e para todos este ano, queria cobrir os acontecimentos em todos os cantos do mundo bruxo com a maior rapidez por isso, e uma carta ao ministério seria necessária.

Passados alguns instantes, a ruiva já havia terminado as cinco cartas que deveriam ser enviadas, pedidos de entrevistas, todas iguais e de certa forma, até que bem convidativas. A primeira e mais importante, claro, tratava de assuntos com o diretor de Durmstrang, posteriormente com os diretores das fraternidades da instituição. Ah, como teria que adorar sua sobrinha, Elle, por fornecer-lhe os nomes dos felizardos que comandavam a instituição. Era adorável.

Limpando o canto da boca onde o batom encontrava-se borrado após a mulher ter utilizado os antigos métodos para selar cartas assoviou, chamando sua coruja que apresentou-se impecável na borda de sua janela principal, enorme e com uma vista linda por sinal, onde a mulher entregou-lhe as cartas e deu-lhe apenas um destino: Instituto Durmstrang de Magia e Bruxaria. Seria maravilhoso, em suas palavras.