Gabinete do Subsecretário Sênior

Assunto: Gabinete do Subsecretário Sênior Ter Jul 30, 2013 9:45 pm

gabinete do subsecretário sênior

nível 02

edit

Assunto: Re: Gabinete do Subsecretário Sênior Ter Jul 30, 2013 10:55 pm

Estalava os dedos da mão esquerda, e depois o pescoço. A bela mulher lia e relia alguns documentos. Há poucos dias um julgamento havia sido feito, e a mesma infelizmente não pode participar, pois estava viajando. Ao voltar ao ministério, Cora se dirigiu imediatamente para seu gabinete. Destrancou a porta e adentrou. Havia uma pasta preta sobre a mesa. A mesma pegou a pasta, a abriu, e ficou a ler algumas páginas. Regras, decisões, julgamentos novos e antigos... Muitos papéis. Jogou a bolsa na poltrona, sentou na cadeira, e suspirou. Trajava um terninho negro e justo, acompanhado de um belíssimo par de scarpin vermelho. Cruzou as pernas, pegou a pena de repetição rápida, e continuou a ler os documentos. Cora sentia saudades de Karitsa, fazia alguns meses que a ministerial não tinha notícias de sua gêmea. Tirou os óculos, colocando-os sobre a mesa, jogou os longos e negros cabelos para o lado, e sorriu. Retirou um cigarro do bolso, e mordeu o lábio inferior. Não gostava de fumar em local de trabalho, mas não tinha escolha. Levantou-se e caminhou até a janela, que já estava aberta. Ascendeu o cigarro, deu um trago, e ficou observando a fumaça sair de sua boca. A senhorita Schatten não conseguia esconder a imensa saudade que sentia de seu noivo. Sentia-se como uma rosa que murchava a cada dia. Tragou novamente o cigarro, e jogou a fumaça para cima, mantendo a cabeça inclinada para trás, fechando os olhos. Suspirou. -Fome... — Murmurou. Arqueou a sobrancelha esquerda, e continuou a fumar, tragando várias vezes até o cigarro ficar pequeno. Jogou o cotoco dentro da lixeira, fechou a janela, e caminhou até as garrafas de bebidas. Pegou uma garrafa de whisky e um copo. Despejou o liquido no recipiente, passou o dedo indicador na boca da garrafa, paralisada, olhando fixamente para a parede, como se algo a prendesse ali. Cora navegava em pensamentos. Com um leve balançar de cabeça, voltou a si, fechou a garrafa, e a guardou. Sentou numa das poltronas, cruzou as pernas, e mordeu o lábio inferior. Levantou o copo e ficou sentindo o aroma forte da bebida. Logo dando um gole no whisky de fogo. Colocou o copo sobre a mesa, fechou os olhos, e esboçou um leve sorriso em seus lábios vermelhos como sangue. Suspirou duas vezes, e abriu os olhos. Pegou o copo, o levou até os lábios e bebeu mais um pouco do whisky. Lembrava-se de quando era pequena, e trocava de lugar com sua irmã pelo puro prazer da diversão. Alguns parentes sempre eram enganados, e amigos também. Apenas o pai das gêmeas conseguia saber quem era quem. Karitsa era apaixonada por balé. E Cora preferia o piano. As irmãs Schatten tinham uma conexão incrível uma com a outra. Cora sempre sentia quando sua irmã estava mal, e o mesmo pode se dizer de Karitsa. Além de terem vários gostos parecidos. Cora bebeu todo o líquido do copo, e voltou a olhar os documentos. Assinava alguns, rabiscava outros, amassava, e jogava fora. Guardou a papelada dentro da pasta, e colocou a bela pasta negra dentro da gaveta, depois a trancou, e colocou a chave num lugar onde somente ela teria acesso. Deitou sobre a mesa, e ficou olhando para o teto, enquanto girava a varinha entre seus dedos. Talvez estivesse triste por não ter comemorado o aniversário do noivo ao lado dele. O trabalho ocupava quase todo o tempo de Cora. A senhorita Schatten nunca imaginou que seria tão feliz ao lado de um homem. A mesma desprezava todos que a cortejavam. Mas Villier fez com que a misteriosa Schatten se encantasse. Uma mistura de inteligência, beleza, charme, mistério. Esse era Villier, o bruxo que havia pregado botões do amor em Cora. Botões que ela não vê, mas consegue sentir. Lembrou-se de que seu noivo iria ao ministério naquela semana, mas não sabia o dia. Arregalou os olhos, desceu da mesa e colocou algumas balas de menta na boca para disfarçar o cheiro do cigarro de hortelã. Suspirou e pegou um pequeno e negro baú. Pegou uma bela chave feita de ouro branco, com o brasão Schatten estampado. A usou para abrir o baú e retirou uma pequena caixinha roxa de dentro do mesmo. Um anel masculino, feito de ouro branco com uma bela pedra de diamante carbonizado. Dentro do anel havia um nome, ou melhor, um sobrenome, e o mesmo era Schatten. A pedra de diamante carbonizado foi encontrada no Brasil. O anel era muito antigo, passado de geração a geração. Existiam quatro anéis da família que eram passados entre as gerações. Dois desses tais anéis eram femininos e os outros dois, masculinos. Cora confiava em Villier, e por isso decidira que o anel seria dele. Pois o mesmo em breve seria um Schatten. Respirou fundo, sentou sobre a mesa, cruzou as pernas e olhou para o teto.

Assunto: Re: Gabinete do Subsecretário Sênior Seg Set 16, 2013 10:12 pm

A bela dama caminhava pelos arredores da floresta, afundando o pé na neve. Não era bem uma floresta, e sim um grandioso quintal coberto por árvores e plantas. Abaixou-se e tocou dois dedos da mão direta na neve, fez uma pequena bola e depois a amassou. As gotas de lágrimas escorriam de seus olhos, manchando seu belo rosto. Talvez ela estivesse cansada de uma vida tão turbulenta e mal organizada. Ou melhor, cansada de tantas mentiras. Não suportava ver, ouvir, saber sobre tais coisas e ficar quieta. Fazia isso pois tinha medo de perder o que mais amava, outra vez. O coração caloroso se tornou uma pedra de gelo. Era a solução, á única forma de ter o que queria, sem brigas, sem que soubessem e percebessem sua maior fraqueza. Olhou para o céu e se ajoelhou sobre a neve, logo deitando sobre a longa e grossa camada branca. Os cabelos longos e escuros se realçavam com o branco da neve. A pele alva se misturava ao gelo, congelando, se tornando ainda mais fria. Talvez a ideia inicial fosse congelar o coração, mas ela havia desistido, e morrer seria o melhor remédio para todos os problemas. O termino dos dias sofridos e angustiantes. Quando ela poderia dizer o que sentia? Quando viveria à sua maneira, sem se importar caso haja uma perda? Como dizia O Corvo de Poe, nevermore. Céu e inferno, ambos esperando pela pobre e reluzente alma. Mas ela ainda não sabia qual caminho seguir e preferia continuar assim, esperando uma surpresa. Os olhos começavam a se fechar, sentindo o peso do frio. Os lábios estavam roxos, os cabelos com partes brancas, o sangue estava parando de correr em suas veias. Mas um lobo apareceu. Ele a tirou da "floresta", levou para um palácio e a pós na cama. Quando a garota acordou, percebeu que aquela não era sua casa. Olhou para os lados e notou que a cama de casal estava cercada por nove lobos. Logo os lobos abaixaram as cabeças, inclinando seus corpos, como se estivessem reverenciando um rei. Outro lobo apareceu. Maior que todos os outros que ali estavam. Um lobo branco, mas que tinha uma alma negra. O animal subiu na cama e se transformou num belo e encantador homem. O mesmo beijou os lábios da bela menina e a matou. Ele a envenenou com toda sua falsidade e malicia. Mas, esse não era o fim correto para a história. Afinal, ela não estava morta. A jovem de longos cabelos escuros se levantou, arqueou a sobrancelha, abriu os olhos e mostrou a todos o seu belo par de olhos negros. Com o dedo indicador, chamou um dos lobos que estava ao redor da cama, e depois o devorou. Os lobos uivavam para sua nova rainha, saudando-a, dando graças ao céu, a lua.
Mas, logo Effy despertou de seu sono, percebendo que havia dormido sobre sua mesa de trabalho. Estalou o pescoço, cerrou os olhos e se levantou. -Maldição... Minha cabeça, argh... - Murmurou. Guardou a jóia num baú, fechou os olhos e respirou fundo. Effy pensava no sentido de tal sonho. Abriu os olhos, arqueou a sobrancelha esquerda e olhou para baixo, esboçando uma expressão pensativa. O que não era muito bom. Guiou os olhos até a gaveta da mesa, suspirou e caminhou até lá, pegando um objeto misterioso, algo que apenas ela e seus botões conheciam.

Assunto: Re: Gabinete do Subsecretário Sênior Sex Nov 01, 2013 12:03 am

Karitsa

Segurou o objeto com firmeza e respirou fundo. O desaparecimento de Karitsa estava deixando Coralyn muito preocupada. A irmã podia ter se descontrolado e começado a matar, ou talvez descobriram o segredo da família e Karitsa é refém. Cora necessitada descobrir o paradeiro da irmã.
As horas passavam e Cora continuava no gabinete. Não conseguiu voltar para casa, então, estava dormindo e se banhando em sua sala. Dois dias se passaram e uma coruja ela recebeu. A coruja dizia que seu noivo havia largado Durmstrang e que agora estava trabalhando no Ministério da Magia. Cora lia e relia a carta várias vezes enquanto estava no banheiro, enrolada na toalha. Um sorriso jamais visto naqueles lábios, agora era possível visualiza-lo. Ela estava feliz, mas logo esse sentimento bom abandonou seu corpo, trazendo a imagem de Karitsa em sua mente.
Precisava se alimentar e voltar para casa, esquecer o trabalho e encontrar Villier. Cora estava ansiosa pelo futuro casamento, sonhava em ver seu amado noivo sendo um Schatten e usando o brasão da família, mesmo sabendo que aquela não era uma família perfeita.
Cora caminhou até um pequeno armário, abriu uma das portas e pegou uma pequena caixa com fotografias. Segurou a fotografia de uma criança ruiva e olhos azuis safira. Era sua sobrinha Ariel, um dos mais novos membros da Schatten. Sorriu ao se lembrar da pequena sobrinha e guardou a caixa. Juntou seu pertences e respirou fundo. - Espero que Fenris tenha preparado chá. - Entortou os lábios, saiu do gabinete, trancou a porta e se afastou dali.

Thanks Thay Vengeance @ Cupcake Graphics

Assunto: Re: Gabinete do Subsecretário Sênior

Gabinete do Subsecretário Sênior

Sturm Und Drang